Vitor Silva Tavares (1937 - 2015)
Faleceu hoje Vítor Silva Tavares, um "editor radical", um colaborador das edições Afrodite, um amigo de Fernando Ribeiro de Mello.
Faleceu esta manhã, em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, onde estava internado devido a uma infecção cardíaca.
Aqui fica o post que fizemos neste blog, em 2007, sobre o editor da &etc e colaborador da Afrodite.
Excertos e foto do jornal Publico
Texto de Vasco Rosa, no Observador, sobre Vitor Silva Tavares
Faleceu esta manhã, em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, onde estava internado devido a uma infecção cardíaca.
"Em 2014, quando o PÚBLICO falou com ele a propósito da edição da obra
escrita de César Monteiro, Vitor Silva Tavares confessou que a morte do
cineasta, em 2003, deixara um vazio que não tinha sido preenchido. Silva
Tavares referia-se a um vazio pessoal, naturalmente, mas também estava
implícito um vazio colectivo. O mesmo acontece agora, com a morte de
Silva Tavares, um dos mais originais e radicais editores portugueses. É
toda uma geração, de resistência cultural e política, que tem os dias
contados.
"Pedro Piedade Marques conhecia Silva Tavares apenas há três anos, mas
é ao editor da &etc e à sua “imensa generosidade” que deve a
monografia que vai lançar até ao final do ano, Editor Contra: Fernando Ribeiro de Mello e a Afrodite, um volume sobre “outro dos nomes esquecidos” do mundo dos livros em Portugal.
“Não tinha um arquivo organizado, mas tinha uma memória fantástica. E a essa memória devo muitas das histórias que conto sobre o Ribeiro de Mello, sobre aquela Lisboa dos anos 1950”, diz o editor deste volume que conta com dois textos inéditos de Silva Tavares.
Piedade Marques tencionava dedicar um outro livro aos três anos e meio em que Silva Tavares foi o responsável editorial pela Ulisseia, na década de 60: “Ele viveu aventuras incríveis com o Luiz Pacheco e com os surrealistas, editou muita coisa proibida. Teve, por exemplo, a coragem de publicar França, a emigração dolorosa, do Nuno Rocha, quando a emigração era um tema completamente tabu, em que ninguém tocava.”
“Não tinha um arquivo organizado, mas tinha uma memória fantástica. E a essa memória devo muitas das histórias que conto sobre o Ribeiro de Mello, sobre aquela Lisboa dos anos 1950”, diz o editor deste volume que conta com dois textos inéditos de Silva Tavares.
Piedade Marques tencionava dedicar um outro livro aos três anos e meio em que Silva Tavares foi o responsável editorial pela Ulisseia, na década de 60: “Ele viveu aventuras incríveis com o Luiz Pacheco e com os surrealistas, editou muita coisa proibida. Teve, por exemplo, a coragem de publicar França, a emigração dolorosa, do Nuno Rocha, quando a emigração era um tema completamente tabu, em que ninguém tocava.”
Aqui fica o post que fizemos neste blog, em 2007, sobre o editor da &etc e colaborador da Afrodite.
Excertos e foto do jornal Publico
Texto de Vasco Rosa, no Observador, sobre Vitor Silva Tavares
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