Textos Malditos, de Luiz Pacheco
(edição de Maio de 1977)
Colecção Autores I
Capa e Ilustrações de Henrique Manuel
Edição e arranjo gráfico de Fernando Ribeiro de Mello/Edições Afrodite
À memória do Dr. António Maldonado Freitas e aos Dr. António Maria Pereira e Dr. Fernando da Rocha Calixto felizmente vivíssimos causídicos graciosos do Pequeno Libertino
Off. Ded. & Consagra
O Auctor
Origem e atribulações dos textos por isso mesmo malditos nos tempos do fascismo
Na Contracapa
Esta edição arquiva e resguarda do tempo a inconfundível ficção dum autor cujos textos sofreram – talvez mais do que os de ninguém – a perseguição da moral farisaica (e não só...) que entre nós imperou num passado ainda recente.
Se Luiz Pacheco se pode considerar como um autor «marginal», este rótulo não deriva de qualquer fantasia. O autor esteve de facto «marginalizado» na acepção mais ampla do termo.
Mais amplas se tornaram, no entanto, as liberdades que conquistámos numa manhã de Abril. E de tão amplas nos pregaram tal susto que hoje ainda poderá o leitor interrogar-se acerca do verdadeiro alvo da mordacidade, da irreverência, da iconoclastia, da inegável contundência destes TEXTOS MALDITOS – cuja circulação, na longa noite fascista (é como dizemos), se viu perturbada por obstáculos de vária ordem e desordem, desde a venda subreptícia à mão do comprador (não é retórica!) desde a apreensão até aos sinistro Tribunal Plenário... vade retro!
Estes textos sobrevivem, apesar das censuras e dos atropelos, contestando a boa-consciência ou a «unicidade» do estilo. Escaparam e escaparão – disso estamos certos - àquelas recuperações ou tentações militantes em que o nosso tempo tem sido fértil.
Esta edição arquiva e resguarda do tempo a inconfundível ficção dum autor cujos textos sofreram – talvez mais do que os de ninguém – a perseguição da moral farisaica (e não só...) que entre nós imperou num passado ainda recente.
Se Luiz Pacheco se pode considerar como um autor «marginal», este rótulo não deriva de qualquer fantasia. O autor esteve de facto «marginalizado» na acepção mais ampla do termo.
Mais amplas se tornaram, no entanto, as liberdades que conquistámos numa manhã de Abril. E de tão amplas nos pregaram tal susto que hoje ainda poderá o leitor interrogar-se acerca do verdadeiro alvo da mordacidade, da irreverência, da iconoclastia, da inegável contundência destes TEXTOS MALDITOS – cuja circulação, na longa noite fascista (é como dizemos), se viu perturbada por obstáculos de vária ordem e desordem, desde a venda subreptícia à mão do comprador (não é retórica!) desde a apreensão até aos sinistro Tribunal Plenário... vade retro!
Estes textos sobrevivem, apesar das censuras e dos atropelos, contestando a boa-consciência ou a «unicidade» do estilo. Escaparam e escaparão – disso estamos certos - àquelas recuperações ou tentações militantes em que o nosso tempo tem sido fértil.
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