Monday, October 15, 2007

De e sobre Masoch

Sacher Masoch, cá por casa, noutros livros que se recomendam:



Sade Masoch, de Gilles Deleuze. Edição Assírio & Alvim, Penisulares / Nova Série / Ensaio 4, Lisboa, Setembro de 1973. Tradução de José Martins Garcia

A pergunta: o masoquismo é feminino e passivo, o sadismo viril e activo? Só tem uma importância secundária. Esta pergunta pressupõe a existência do sadismo e do masoquismo, a conversão de um no outro a sua unidade. O sadismo e o masoquismo não são respectivamente compostos por pulsões parciais, mas figuras completas.







Don Juan de Kolomea, de Sacher Masoch. Edição Antígona, Lisboa, 1980. Tradução de D. Luiz da Cunha.

D. Juan de Kolomea ignorado entre tantas outras produções Tenóricas, de Tirso de Molina a Mozart, é das mais violentas e anatemáticas personagens que se puderam, até hoje, construir e realizar.
Levando consigo o desejo do gozo sem limites na sua forma mais profunda, o amor, luta desesperado contra as violentações sociais, assumindo-as como livre escravo a que todos estamos sujeitos sem a destruição do logro em que vivemos. E – sinistro destino – aquilo a que o sistema mercantil torpemente o condena, a paternidade, é a negação do Amor.
(da introdução)