Jorge de Sena sobre o seu Físico Prodigioso na Antologia do Conto Fantástico Português, 2.ª Edição
Este O Físico Prodigioso teve a sua 1.ª edição, quando foi incluído em Novas Andanças do Demónio, colectânea de contos meus publicada em 1966, a segunda, precedida que havia sido por Andanças do Demónio em 1960, e seguida que foi em 1976 por Os Grão-Capitães. Descoberto como «conto fantástico» por E. M. de Melo e Castro, foi incluído na reedição, por ele preparada, da Antologia do Conto Fantástico Português, Lisboa 1974. Tal inclusão pode dizer-se que constituiu uma reedição do texto.
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De segunda vez, quando Melo e Castro me pediu autorização para incluir o texto na reedição revista daquela antologia cuja primeira edição não havia sido sua, aceitei gratamente, menos por mim que por amor desse «físico», meu muito bem-amado filho entre outros, e que sempre tive por como que um «alter-ego». Mas, ao autorizar a inclusão, eu não sabia que o antologista declararia o texto como «modelo superlativo do conto fantástico português em moldes clássicos, sendo construído sobre duas histórias fantásticas tradicionais (populares?)». Quem é que não ficaria rendido, lisonjeado e grato com estas palavras? Eu fiquei.
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De segunda vez, quando Melo e Castro me pediu autorização para incluir o texto na reedição revista daquela antologia cuja primeira edição não havia sido sua, aceitei gratamente, menos por mim que por amor desse «físico», meu muito bem-amado filho entre outros, e que sempre tive por como que um «alter-ego». Mas, ao autorizar a inclusão, eu não sabia que o antologista declararia o texto como «modelo superlativo do conto fantástico português em moldes clássicos, sendo construído sobre duas histórias fantásticas tradicionais (populares?)». Quem é que não ficaria rendido, lisonjeado e grato com estas palavras? Eu fiquei.
Santa Bárbara, Califórnia, Março de 1977
Jorge de Sena
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