Saturday, September 20, 2008

Sociologia do Comunismo, de Jules Monnerot

(edição de Março de 1978)




Colecção Doutrina / Intervenção
Tradução de Armando Costa e Silva
Capa de Jorge Cardoso
Edição e arranjo gráfico de Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite


Na contracapa

Sociologia do Comunismo é hoje um autêntico clássico, traduzido em todas as línguas cultas, excepto no russo. Na opinião dos entendidos, não há memória de livro mais plagiado, ou mais pilhado. O que não surpreende, pois constitui um prodigioso repositório de factos e de ideias, - uma súmula política e uma fórmula para decifrar os acontecimentos.

Diz respeito praticamente a quem quer que seja porque, se nem toda a gente se interessa pelo comunismo, o comunismo interessa-se por toda a gente. Reveste-se da mais actualidade, e seria inútil sublinhar a oportunidade e a sua publicação em Portugal.

Os factos são descritos e a seguir analisados. Como procedem os comunistas? Quais o seus métodos? Qual o mecanismo de contágio? Como chegaram as coisas ao ponto a que chegaram? Qual a significação global dos fenómenos totalitários no mundo moderno? Qual o lugar da política no conjunto das actividades humanas? Como se formaram, a que correspondem e como actuam os mitos contemporâneos?

Não se trata de deslumbrar o leitor com estatísticas, fugindo à realidade sob a protecção de uma cortina de números. Trata-se de compreender.

Jules Monnerot desmonta com precisão e subtileza os mecanismos históricos e sociológicos do comunismo e, ao mesmo tempo, os mecanismos psicológicos do comunista. Estudando o fenómeno como qualquer outro, submetendo-o rigorosamente aos meios de investigação, recusa privilegiá-lo no que quer que seja e colocá-lo no centro de uma nova história sagrada, a título de Deus, ou a título do Diabo.
Daí o êxito da obra, acolhida com entusiasmo por espíritos tão diferentes como Benedetto Croce e Emmanuel Mournier, Ortega y Gasset e René Gillouin, Gabriel Marcel e James Burnham, De Gaulle e André Breton.