Luiz Pacheco escreveu - I
"Em 1970 (com excepção da edição de Crítica de Circunstância, pela Ulisseia, em 1966, livro de imediato apreendido), eu não tivera nenhuma editora a sério quer me quisesse (não esqueço o labor honrorosíssimo do Fernando Ribeiro de Mello, na Afrodite: convidou-me para colaborar com ele na Antologia Erótica e como prefaciador da Filosofia na Alcova. Louvores e mais louvores para a sua coragem... Porém, que opinião era a minha em 1970 com as castigadoras condenações que aqueles livros acarretaram para quem ali meteu a patinha?)."
Jornal de Letras, Artes e Ideias, 12 Outubro 1994, pp. 17-18
(parte de um texto intitulado, De editor a editado)
(parte de um texto intitulado, De editor a editado)
"Vítor Silva Tavares quererá retomar uma experiência tipo Pauvert, com edições refinadas, com obras de clássicos desprezadas, de contemporâneos injustamente não divulgadas? Excelente coisa, mas não em exclusivo. O “nosso” Pauvert que já havia e era o Ribeiro de Mello, se em tempos do fascismo e com uma coragem que mais ninguém teve então, foi no campo editorial um contestatário a valer, verificamos que perdeu de todo a tramontana (que não era das mais sólidas, helás!...) e descambou na mais reaccionária e oportunista comercialice. Não havendo este perigo com V.S.T., que é o desinteresse feito gente, preferia sabê-lo (vê-lo) a encarar as responsabilidades que lhe imputa o muito que já fez. Noblesse oblige. Nem permitirei que uma camaradagem de anos faça calar em mim os avisos e as reprimendas a que por essa mesma camaradagem me sinta, como agora aqui, sem azedume nenhum, sequer no exagero de caricatura, obrigado. Disse."
O Galimar da Rua da Emenda – “Diário Popular”, 26/Fevereiro/1976
(parte de um texto sobre Vítor Silva Tavares, que em 1974 iniciou a actividade da editora & etc.)
(parte de um texto sobre Vítor Silva Tavares, que em 1974 iniciou a actividade da editora & etc.)
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