Revolucionários e Querubins, de José Martins Garcia
edição de Janeiro de 1977
Colecção: Autores II
Capa: Nuno Amorim, figuras da capa a partir do cartaz “Povo MFA”
Edição e arranjo gráfico: Edições Afrodite
Texto na contracapa
Antes da cobardia, o pânico. Com o pânico, a corrida em busca de segurança.
Os partidos “progressistas” abrem as portas a uma multidão inqualificável. Os mais culpados transformam-se nos mais fanáticos militantes do novo credo. Picada por insectos desenfreados, a ”esquerda” incha, sem conteúdo, e estala por todos os lados.
“Revolucionários e Querubins” denuncia – com base na experiência do que foi a perseguição movida aos velhos antifascistas pelos neófitos – a imoralidade de uma revolução imaginária. O leitor talvez possa reconhecer, porém, em muitas das personagens aqui apresentadas alguns dos mais vibrantes arautos da canalhice vigente nestes últimos dois anos de vida nacional.
Fábulas, apólogos e parábolas são aqui produtos imaginários duma revolução imaginária. E se, no plano político, uma revolução imaginária é uma revolução traída, o imaginário, no campo da literatura, constitui uma denúncia legítima. Se bem que, em matéria de cobardes e traidores, a realidade portuguesa ultrapasse a ficção...
Os partidos “progressistas” abrem as portas a uma multidão inqualificável. Os mais culpados transformam-se nos mais fanáticos militantes do novo credo. Picada por insectos desenfreados, a ”esquerda” incha, sem conteúdo, e estala por todos os lados.
“Revolucionários e Querubins” denuncia – com base na experiência do que foi a perseguição movida aos velhos antifascistas pelos neófitos – a imoralidade de uma revolução imaginária. O leitor talvez possa reconhecer, porém, em muitas das personagens aqui apresentadas alguns dos mais vibrantes arautos da canalhice vigente nestes últimos dois anos de vida nacional.
Fábulas, apólogos e parábolas são aqui produtos imaginários duma revolução imaginária. E se, no plano político, uma revolução imaginária é uma revolução traída, o imaginário, no campo da literatura, constitui uma denúncia legítima. Se bem que, em matéria de cobardes e traidores, a realidade portuguesa ultrapasse a ficção...
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