Explicata e nota à tradução de Kama Sutra – Manual do Erotismo Hindú
Explicata (pelo editor)
Compromissos de tempo, obstáculos de língua, impurezas do texto francês, etc., impediram que esta obra revertida ao português, resultasse isenta de deficiências gramaticais e sintáticas de modo a proporcionar uma leitura que no nosso idioma fosse a interpretação impecável do original sanscrito.
Entende-se por sanscrito, a linear linguagem oriental que na época criou tal documento. Este trabalho para português, atendendo a que foi perturbado pela tradução francesa, já de si pouco escrupulosa à claridade do texto – tendo contudo sobre a maior parte das posteriores, quer nessa língua, quer em qualquer outra, a virtude de não ser expurgada – saiu com alguns defeitos próprios dos impedimentos atrás enunciados. A viabilidade desta edição estaria em risco, dado o seu carácter, caso não tivesse sido executada com extrema brevidade.
Desculpam-se aqui as mínima incorrecções, que efectivamente esta versão inclui, embora elas, por mais flagrantes, de maneira alguma afectem a compreensão literal do valor e do alcance, informativo, documental e estético, que através dos tempos classissisou o original.
O editor agradece a benevolência do leitor mais exigente e compraz-se em salientar, ser ele o primeiro a reconhecer esses erros inclusos, mas cometidos em prol de um propósito por demais urgente e inadiável no panorama editorial português.
Nota (pelo tradutor Nuno Bacelar)
Uma tradução do Kama Sutra é não só tremendamente ingrata e difícil de levar a cabo como – pelas circunstâncias especiais que dominam esta obra prima da literatura erótica Oriental – se torna quase impossível de respeitar na sua tessitura original sabendo-se, como se sabe, que toda a ética hindú se reveste de segredos e de mistérios tão fecundos e aliciantemente subtis que, penetrá-los é, pelo menos, como tentar penetrar nas ondas sobrenaturais do mundo ocultista.
Ao traduzirmos o Kama Sutra utilizamos a tradução francesa de 1925, de Isidor Liseux, dada a impossibilidade de nos socorrermos de outras traduções, porventura mais recentes.
Como se trata, porém, de uma edição completa e não expurgada dessa obra – daí a sua fidelidade ao texto original – resta-nos a certeza de que o leitor português ficará com uma noção mais perfeita do seu conteúdo.
Para concluir, queremos apelar ainda da boa vontade desse mesmo leitor, cientes como estamos de que esta tradução tem as suas falhas, ditadas pelas dificuldades provenientes das circunstâncias indicadas atrás.
Por sua vez, também a tradução francesa sofre dessa realidade: uma linguagem original, simbólica e exótica que aliada a um tema manifestamente oriundo da mitologia sexual, exprime-se em termos que a aproximam mais do “misterioso mistério” da poesia do que, propriamente, da secura árida da prosa.
Compromissos de tempo, obstáculos de língua, impurezas do texto francês, etc., impediram que esta obra revertida ao português, resultasse isenta de deficiências gramaticais e sintáticas de modo a proporcionar uma leitura que no nosso idioma fosse a interpretação impecável do original sanscrito.
Entende-se por sanscrito, a linear linguagem oriental que na época criou tal documento. Este trabalho para português, atendendo a que foi perturbado pela tradução francesa, já de si pouco escrupulosa à claridade do texto – tendo contudo sobre a maior parte das posteriores, quer nessa língua, quer em qualquer outra, a virtude de não ser expurgada – saiu com alguns defeitos próprios dos impedimentos atrás enunciados. A viabilidade desta edição estaria em risco, dado o seu carácter, caso não tivesse sido executada com extrema brevidade.
Desculpam-se aqui as mínima incorrecções, que efectivamente esta versão inclui, embora elas, por mais flagrantes, de maneira alguma afectem a compreensão literal do valor e do alcance, informativo, documental e estético, que através dos tempos classissisou o original.
O editor agradece a benevolência do leitor mais exigente e compraz-se em salientar, ser ele o primeiro a reconhecer esses erros inclusos, mas cometidos em prol de um propósito por demais urgente e inadiável no panorama editorial português.
Nota (pelo tradutor Nuno Bacelar)
Uma tradução do Kama Sutra é não só tremendamente ingrata e difícil de levar a cabo como – pelas circunstâncias especiais que dominam esta obra prima da literatura erótica Oriental – se torna quase impossível de respeitar na sua tessitura original sabendo-se, como se sabe, que toda a ética hindú se reveste de segredos e de mistérios tão fecundos e aliciantemente subtis que, penetrá-los é, pelo menos, como tentar penetrar nas ondas sobrenaturais do mundo ocultista.
Ao traduzirmos o Kama Sutra utilizamos a tradução francesa de 1925, de Isidor Liseux, dada a impossibilidade de nos socorrermos de outras traduções, porventura mais recentes.
Como se trata, porém, de uma edição completa e não expurgada dessa obra – daí a sua fidelidade ao texto original – resta-nos a certeza de que o leitor português ficará com uma noção mais perfeita do seu conteúdo.
Para concluir, queremos apelar ainda da boa vontade desse mesmo leitor, cientes como estamos de que esta tradução tem as suas falhas, ditadas pelas dificuldades provenientes das circunstâncias indicadas atrás.
Por sua vez, também a tradução francesa sofre dessa realidade: uma linguagem original, simbólica e exótica que aliada a um tema manifestamente oriundo da mitologia sexual, exprime-se em termos que a aproximam mais do “misterioso mistério” da poesia do que, propriamente, da secura árida da prosa.
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